SEXO É TESÃO, NÃO OBRIGAÇÃO!!!

Só quatro a cinco das 400 utentes da Associação Presença Feminina queixam-se
Maioria acha que sexo é obrigação e não crime
A Associação Presença Feminina, uma instituição de apoio a mulheres vítimas de maus tratos, tem 400 utentes mas destas, apenas quatro ou cinco confessaram ter sido vítimas de violência sexual. O que não quer dizer que apenas este número seja alvo de violência a este nível por parte do seu cônjuge. O que acontece, conforme nos foi explicado por Helena Pestana, um dos elementos da direcção daquela associação, é que este tipo de crime é mais difícil de denunciar . «Elas têm muita vergonha. Por outro lado, ao virem aqui falar connosco, já passaram de certeza, por outros locais, e tiveram de contar a sua história. Às tantas, ficam cansadas de estar sempre a dizer a mesma coisa». Há ainda o facto de muitas das utentes acharem que serem obrigadas a fazer sexo não é propriamente crime. “Se somos casadas, temos um compromisso para com o nosso homem, o nosso marido e temos de aceitar aquilo que eles querem”, pensam muitas das pessoas que são vítimas de violência sexual. A Associação Presença Feminina diz do escasso número de mulheres que admitiu ter sido vítima de violência sexual, a maioria é jovem mas há também uma outra pessoa da terceira idade. «À medida que vamos conversando com elas, vamos vendo que a dimensão dos seus problemas é muito maior que a denúncia feita. Elas acham que crime é bater, é a violência fisica. E esquecem-se que o facto de serem obrigadas a manter relações sexuais com o marido também é crime. Isto se o fizerem contra a sua vontade», foi referido. Refira-se que a nova equipa de direcção da Associação Presença Feminina está apostada não só a desenvolver um vasto trabalho em prol das suas utentes, como também tentar fazer chegar a sua mensagem aos próprios agressores. Prepara, para tal, várias iniciativas que pretende levar a cabo já nos próximos tempos e que, a seu tempo, irão ser divulgadas. «Não consigo ter intimidade com outro» Marlene (nome fictício), estava grávida do segundo filho quando pediu o divórcio. O marido não aceitou esta decisão tomada pela jovem e insistiu para que mantivessem a relação já degradada e destinada a ter um fim a breve trecho. Marlene, farta de maus tratos psicológicos e físicos, decidiu mesmo avançar com a sua separação e saiu de casa quando o marido se encontrava no local de trabalho. Pegou na filha de quatros anos, na mala e «ala que se faz tarde», conta-nos. Já em casa da mãe, «fui vítima de perseguição e de telefonemas até que um dia...». «Ele veio cá a casa e obrigou-me a ter relações sexuais», desabafa. Marlene ficou tão desgostosa com o acontecido que se até à altura, não tinha dúvidas de que desejava a separação, ficou com ainda menos, depois deste acto que considerou «inadmissível». «Senti-me um trapo», afirma. O pior é que, na altura da violação, Marlene estava já grávida do segundo filho. Acha que a violência com que o seu ainda marido agiu e o facto de ter ficado muito mal psicologicamente, foram apenas um passo para o aborto expontâneo que veio a sofrer alguns dias depois. «Nunca mais me irei esquecer daquele dia e da forma como ele me tratou. Acho, aliás, que não consigo ter qualquer intimidade com mais nenhum homem», afirmou.

Sexo não é obrigação, é tesão!!
É este o princípio que tem de constar dos manuais!!
Como diz o Womanyser, "ah, não queres? Tudo bem, vou ali e já me venho!.."